Jóia de Luz em Merecido Momento de Relax - Amarante
Fotografia de Anabela Matias de Magalhães
A minha Jóia de Luz tem uma relação com o lixo de puro repúdio desde pequenino. Mal começou a dar os primeiros passos rua abaixo rua acima, por aqui pelo centro histórico de Amarante, começou a apontar, verdadeiramente incomodado, sempre que vê merda de cão ou de pomba no seu caminho, sempre que vê papéis espalhados pelos passeios e pelas ruas que ele percorre desde que nasceu, primeiro aconchegado num colinho, agora pelos seus próprios pés.
E se por acaso está no café ou na confeitaria e vê um papel no chão, mesmo se pequenino, lá vai ele apanhar o dito cujo e toca de o meter no caixote do lixo que ele sabe bem que existe.
Na quinta-feira passada a minha Jóia de Luz protagonizou uma ainda melhor. Levei-o à minha Escola e ele, enquanto atravessava o Pavilhão Central, olha para o lado e vê um papel. Stop, Avó Morcega, pareceu dizer, nem penses que avanço sem resolver este problema!
E lá foi ele, todo lampeiro, levantou um papel que estava longe e que eu nem tinha vislumbrado, indiquei-lhe o caixote do lixo, deitou-o no lixo e só aí prosseguimos no trajecto previamente definido.
A cena foi observada por alguns miúdos que por ali esperavam o transporte escolar. Espero que tenham aprendido alguma coisa com a atitude da minha Jóia de Luz.
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