Festa Amarantina 2015 - Rua da Cadeia
Fotografia sei lá eu de quem...
Os testemunhos que hoje partilho com os meus leitores foram gravados há cerca de um ano para a Festa Amarantina de 2015, ia o Festão na sua 3ª Edição.
Toda a gente cá de Amarante, e atrevo-me a dizer que toda a gente dos seus arredores, conhece as pessoas que neste vídeo testemunham vivências, muitas delas por mim partilhadas.
A Regina, Gininha para os mais íntimos, apanhada de surpresa na Confeitaria da Ponte e que se prontificou a falar em dia de calor de esborrachar, catequista e professora; o sr. Maximino Silva, dono do Café-Bar, aquele que foi fundado pelo meu avô Rodrigo e pelos meus tios avós Belchior e Ismael; a Emilinha Macedo, que conjuntamente com o seu marido, Sr Manuel Varejão, detinham a posse do Tasco coladinho à casa dos meus avós... meus deuses... ainda hoje sinto o sabor daquelas batatas fritas em azeite!, a Natália Varejão, sua filha, minha companheira de brincadeiras de escorrega nos Correios, de jogos de patela e macaca, de sameiras, de cascatinhas e sei lá mais eu o quê; a Eugénia Teixeira que muito calcorreou a rua para cima e para baixo e passou aqui uma grande parte do seu tempo de infância; o sr. Manuel Cerqueira, dono da Mercearia existente ao fundo da rua e que fechou há muito pouco tempo e a sua filha Helena, igualmente minha companheira de muitas brincadeiras partilhadas; e, por último, o Mário Maia e o meu querido pai, José Ismael Queirós.
Escutá-los a todos foi uma enorme emoção. Os seus testemunhos são muito mais longos do que estes pequenos apontamentos que hoje partilho e darão para fazer inúmeros pequenos vídeos que um dia partilharemos com o mundo. Para já, o importante é gravar, gravar estes testemunhos que um dia se perderão de viva voz, é inevitável, mas que não se perderão de todo porque nós os registamos com carinho e emoções ao rubro.
Penso que já no ano passado registei isto - Esta é "A Nossa Rua". As nossas memórias cruzam-se aqui, nesta calçada que já não é a mesma da nossa infância mas que é a calçada da minha Jóia de Luz.
E quando os escutámos, aos vizinhos, quando escutámos cada um deles e delas a referir-se à Rua da Cadeia o termo empregue é sempre "A Minha Rua". Este sentido de posse, que também é meu, não é o de uma posse egoísta. Porque todos nós sabemos que esta rua é minha, é tua, é de quem a apanhar.
Nota - Os meninos e meninas presentes na fotografia, Sésamos e Berg incluídos, já partilham connosco esta calçada e as memórias tão ricas destes vizinhos, agora raros... mas sempre especiais.
E esta também é a rua deles.
Sem comentários:
Enviar um comentário