Fadinha dos Caminhos Meus - Serra da Aboboreira
Fotografias de Inês Queirós
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas amargos como o fel, estou a falar de quem?
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas permanentemente insatisfeitos com tudo e com todos, estou a falar de quem?
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas permanentemente do contra, estou a falar de quem?
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas capazes de se apropriar do trabalho de outros e fazer de conta que é seu, estou a falar de quem?
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas capazes de boicotar o trabalho dos outros, estou a falar de quem?
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas que nunca participam em coisa nenhuma organizada pela escola da qual fazem parte, estou a falar de quem?
Se eu afirmar aqui neste blogue que há professores nas escolas capazes de se negar a si próprios, estou a falar de quem?
Se eu... e podia continuar.
Estou a falar de uma pessoa que conheço pessoalmente? Estou a falar de várias pessoas que conheço pessoalmente? Estou a falar de uma pessoa que conheci pessoalmente? Estou a falar de várias pessoas que conheci pessoalmente? Estou a falar de uma pessoa que não conheço pessoalmente? Estou a falar de várias pessoas que não conheço pessoalmente?
Estou a falar do que assisti? Estou a falar do que não assisti? Estou a falar do concreto? Estou a falar do abstracto?
E se eu retirasse a palavra professores e retirasse também escolas e substituísse apenas por trabalhadores... estaria a falar de quem?
De muita gente que a gente conheceu ao longo da vida?
De pouca gente que a gente conheceu ao longo da vida?
Resumindo, e se for preciso faço um esquema, há por aí gente à solta que se ocupasse o seu tempo a produzir alguma coisa de concreto... estou como dizem os meus alunos, Ui! Ui!, a produção que não daria! E todo o local de trabalho seria, por certo, um local espantoso para se trabalhar.
Nota 1 - Só a Natureza me faz ajoelhar... para a gozar... a trabalhar!
Nota 2 - Continuo a escrever o que quero, como quero e onde quero. Escrevo e edito. A blogosfera é uma coisa maravilhosa.
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