Fotografias recolhidas na net
Já era Património Cultural Nacional mas, a partir de hoje, a Olaria Negra de Bisalhães é também, orgulhosamente, Património Imaterial da Unesco. Restam cinco oleiros, todos idosos e vale bem a pena saber os seus nomes - Cesário da Rocha Martins, Jorge Ramalho, Manuel Joaquim da Rocha Martins, Querubim Queirós Rocha e Sezisnando Ramalho são os resilientes artesãos que perpetuaram esta actividade fazendo-a chegar aos dias de hoje. A janela da extinção ainda não está, assim, fechada e a distinção de hoje vai contribuir, por certo, para a preservação desta forma de produzir peças de barro que, por usarem a soenga, muito embora não tão primitiva quanto a de Gondar, como método de cozedura, resultam em peças de barro preto pretinho, muito apreciadas na região e nos seus arredores, estrangeiro incluído.
Orgulho! Hoje, enquanto portuguesa, só posso estar orgulhosa.
Orgulho também na olaria de barro negro produzida em Gondar, Amarante, actualmente em processo de certificação, que usa um método de cozedura em soenga primitiva já raríssima nos dias que correm e já só produzida por um único artesão de seu nome César Teixeira.
Orgulho em saber que aqui mesmo, nesta mesma rua em que habito, abrirá um pequeno museu a esta olaria negra dedicado, com o apoio do Município de Amarante e a dedicação e empenho de sempre da Associação Camerata das Artes. Chamar-se-á Núcleo Museológico do Barro Negro e talvez para o próximo ano, até porque é ano de eleições, vos dê a notícia da inauguração deste importante espaço que contribuirá, inevitavelmente, para o ressurgimento desta rua que já bateu no fundo e está agora, nitidamente, a reerguer-se.
Aguardamos as cenas dos próximos capítulos mas, sem dúvida! esta foi uma importante notícia para Bisalhães... e para Gondar.
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