Dia 4 (De Uma Espécie de Confinamento)
Escutar a ministra da saúde, hoje, na Assembleia da República, em apelo lancinante e de voz tremelicante, a pedir "Por favor, ajudem-nos!" e escutar o primeiro-ministro deste país, teimosamente, a continuar a afirmar "tudo farei para manter as escolas abertas" é de doidos, de gente que ensandeceu, que está, por certo, em negação quando sabemos que a responsabilidade política é deles, que as decisões políticas pelas quais nos regemos também são deles e que, quando erram, só têm mais é que corrigir as trajectórias e o mais rápido possível já que no outro prato da balança estão pessoas a morrer.
Manter as escolas teimosamente abertas quando em termos sanitários elas se degradam a cada dia que passa, quando os hospitais portugueses já dão mostras de poderem colapsar, e quando as escolas fazem movimentar um quarto da população portuguesa é simplesmente criminoso porque a factura vai chegar em conta alta de mortos.
E escusam de nos acusar a todos de irresponsabilidade. Nem todos somos irresponsáveis, nem todos somos desmiolados.
Como paramos um país com 2,5 milhões de pessoas de um lado para o outro?!!! Dizem-me?!
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