Há-os em todos os serviços, acredito que estejam bem espalhados pelo país e são uma transversalidade social. De Norte a Sul, do Litoral ao Interior, os moinas (ver aqui postagens anteriores) existem por todo o lado e penso que não haverá ninguém dos não moinas que os desconheça de todo e que nunca com eles tenha contactado e privado.
Os moinas são um cancro no país ao não fazerem o que era suposto fazerem e ao aproveitarem-se do trabalho dos outros.
Escrevi eu em 2011:
Hoje volto aos moinas, tema recorrente neste blogue, apenas porque ao longo destes anos, que já são muitos de vida, os tenho observado aqui e ali e tenho ficado deveras impressionada com eles. Mal impressionada, está bom de ver.
Moina é a varredora da rua que faz que varre o espaço público, que também é dela, e deixa metade do lixo para trás. Moina é a funcionária a quem compete limpar determinado equipamento e queima o seu tempo olhando para ontem, encostada às paredes ou às grades. Moina é também o médico que se arrasta na urgência, passeando daqui para ali e dali para aqui, com muitas conversas defait divers pelo meio, enquanto se vai encostando pelas paredes sabendo que há longas filas de pessoas, mais ou menos doentes, por atender. Moina é o deputado que dorme a bom dormir rompendo as cadeiras da Assembleia da República enquanto aguarda, serenamente e sem preocupação, que os dividendos lhe caiam do céu, pagos pelo Zé Pagode dos Mouros, dos Negros, ou até dos Galegos. Moina é, assim, a pessoa que vive pendurada no/do trabalho de tantos, fazendo o mínimo possível, e não merecendo, minimamente, o salário que ao fim do mês arrecada e que sai do bolso de todos nós.
O Paulo Guinote, ontem escreveu assim:
O Segredo
É uma pessoa fazer-se de muito tansa ou incompetente ou então negar-se mesmo a fazer as suas obrigações por causa da unha encravada do periquito ou porque o gene 67, à esquerda de quem desce, é incompatível com a farinha amparo. Para se evitar problemas e mau trabalho, são-lhe retiradas responsabilidades, o trabalho redistribuído pelo idiotas que têm o desplante de manter o seu profissionalismo e às vezes ainda se ouvem umas bocas das criaturas espertalhosas. Tem dias em que parece que o mundo é desta malta que tem pós-graduação em perna traçada e queriduchices diversas.
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