Resposta a Mário Nogueira
Sobre as formas de luta para o 3º período, Mário Nogueira afirmou "Serão aquilo que os professores quiserem".
Pois aqui fica escrito publicamente o que eu quero.
Quero fazer greve por tempo indeterminado até esta equipa e estas políticas serem arrumadas de uma vez por todas.
Porque não estou para aturar outro ano como os dois últimos. Chega de brincadeira. Chega de manifestações e cordões humanos aos sábados prejudicando apenas o nosso descanso. Chega de pruridos e lutas de luvas brancas. Chega de aparar golpes baixos. Chega de ser maltratada e achincalhada. Chega. Ponto final.
terça-feira, 10 de março de 2009
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10 comentários:
Chega!
A minha mágoa é que os golpes baixos deixaram de ser exclusivo da tutela.
Que dizer dos colegas que fizeram greve, que agitaram bandeiras nas manifestações e berraram a plenos pulmões até ficarem sem voz, que andaram de luto semanas a fio e que ao primeiro aceno do Simplex correram, na sombra, a entregar os OI e a pedir aulas assistidas?!!!
Não tolero a incoerência!
Estou farta de oportunistas!
Estou desgastada mas continuo a lutar porque acredito!
Tenho para mim que, no final, se a razão se impuser,serão os que abandonaram o barco, os primeiros a colher os louros.
Gostava de não ter razão tal como gostava de não estar a assistir a tudo isto...
Olha, Maria, nós na ESA tivemos de entregar objectivos no ano lectivo de 2007/2008. Agora, nesta fase, fomos informados que poderíamos reformulá-los e ajustá-los a este ano, já que muitos de nós nem têm as mesmas turmas do ano passado. Este é o meu caso. Ignorei a reformulação, mas continuo a sentir-me incomodada por ter entregue objectivos durante o ano lectivo anterior. A minha escola foi sempre à frente neste processo ou não tivessemos um presidente que diz amém com o trio e durante o ano passado chegámos mesmo a ter aulas assistidas, no caso a uma grávida contratada... e por acaso, por mero acaso, a RTP foi lá filmar e tudo!
A minha escola é sui géneris!!!
Não sei se há alguém que não tenha entregue objectivos na minha escola, já que na fase em que os entregámos a luta não se colocava e não se traduzia pela não entrega dos objectivos.
Falo por mim. Já pensei várias vezes retirá-los, mas ao mesmo tempo fico indecisa porque não considero a não entrega determinante para a vitória desta luta.
A vitória nesta luta está dependente de algo mais espectacular, penso eu, que passará pela greve por tempo indeterminado, ou pela recusa da entrega da autoavaliação.
Que pensas disto, Maria? Estarei a pensar mal? Em cima das eleições o governo não poderia vangloriar-se de nos ter aniquilado.
Claro que eu não me refiro aos casos como o da ESA que iniciaram esse processo o ano passado. Penso que fui clara quando apontei o Simplex como ponto de viragem na conduta de muuuuuuuitos... demasiados...
Sabes, Anabela, a minha revolta talvez seja ainda maior porque a minha escola foi das primeiras a suspender a ADD, com moção assinada (por todos!), no início de Novembro, e a reafirmá-la, no inicio de Janeiro.
É muita hipocrisia quando não se assumem as verdadeiras intenções.
Obviamente que a entrega dos OI não é determinante mas era uma fase da luta muito importante para não deixar o trio cantar vitória. A verdade é que a imagem que passa para a opinião pública é a de que o processo, afinal, decorre na normalidade; que os professores cederam porque, afinal, até reconheceram que não tinham razão e que, afinal, o ME é que estava certo.
Penso que esta cedência maioritária não abonou muito a favor da nossa luta.
Concordo plenamente contigo no que respeita a uma greve por tempo indeterminado mas penso que a adesão ía ser reduzida.
Eu estou por tudo aquilo que contribua para correr com eles.
Eu também estou por tudo. Estou farta. E a não conseguir aguentar a perspectiva de ter um outro ano de conflitos. Quero paz e sossego.
Entendo a tua revolta. De facto a situação na tua escola foi diferente da minha. Na minha o mais que conseguimos foi exigir a suspensão. Com uma enorme pena minha. O documento original previa a suspensão da ADD.
E aqui estamos nós, uns assim, outros assado, absolutamente divididos tal como o ME queria.
É pena.
Por mim continuo a apostar numa greve por tempo indeterminado no
3º período. Bem sei que muitos não farão, mas outros farão e isto, a acontecer, irá causar um transtorno dos diabos nas escolas!
Estou fartinha de punhos de renda.
Mais uma achega para o lume. Na minha estamos esmigalhados: um quinto pediu complex, três quintos, por isto e por aquilo, por causa do gato e do cão, abraçaram-se ao simplex e
29 não entregaram nada. Para estes já houve manobras de divisão. Vamos a ver como ficará o saldo.
No meu comentário à Maria onde se lê "durante" deverá ler-se "referentes ao ano lectivo de 2007/2008".
Desconheço os dados da minha.
Desenganem-se os que pensam que é tudo assim. Na escola do outro lado da avenida (cá no burgo as escolas andam aos pares, uma de cada lado das ruas) o panorama é ÓPTIMO. Achas que aproveite o concurso e me mude?
Se o panorama é assim animador é bem capaz de ser uma decisão sensata. :)
A LUTA, OS SINDICATOS, OS CONTRA-GOLPES E O'PRINCÍPIO DE PETER'
Basta de testar a capacidade de mobilização dos professores/as!!!...
Basta!... de marchas para Lisboa.
As provas já são mais do que muitas e as fasquias 'de/na rua' estão todas ultrapassadas. Porque se a luta continua pelas mesmas vias vai esvaziar os resultados de todos os esforços que até aqui já foram despendidos.
Tudo quanto houver a fazer, até que tenha de ser 'por tempo indeterminado' terá que acontecer nas escolas, fazendo envolver as proprias comunidades educativas, de modo a que os Sindicatos não passem a ser contraproducentes com a luta da classe.
Sem pretensões oraculinas, recupero o que já há algum tempo por aqui coloquei, em 9 de Novembro de 2008 2:35:
«extramar disse...
Sem dúvida que os professores estão a prestar provas públicas de uma envergadura inesperada e impensável. Todavia, estes senhores com a ME à cabeça já fizeram "gato sapato" dos profissionais da educação, e a prova está, precisamente, no que ontem (sábado 8/11/2008), o país voltou a assistir.
Só por terem feito "gato sapato" da Educação, dos professores e da classe é que a indignação está disseminada, e já nem os seus acólitos/clientelas são imunes a tantas acrobacias.
A prova de força está ganha. Mas a rua não é o lugar dos professores. Está a chegar a hora de começar a responsabilizar as estruturas sindicais pelo estado abastardado a que permitiram que chegasse o estatuto da classe e a situação profissional dos professores nas escolas.»
Com a promessa de que não voltarei a repetir-me... porque por mais razão que tivesse, não deixaria de evidenciar extrema falta de imaginação.
Com as estruturas sindicais pode-se estar à beira do confirmar o "princípio de Peter", que já é patente no Ministério e na equipa do Governo.
Convenhamos que, a acontecer, seria desastroso para esta luta e para toda a classe docente.
A ver vamos como tudo isto irá terminar, Extramar, mas tenho andado pessimista. :(
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