Música para Filmes - Cinema Teixeira de Pascoaes - Amarante
Fotografias de Elsa Cerqueira
Em boa hora o Maestro tirou-me de casa onde estava em recolhimento forçado há uns bons dias. O concerto era de entrada livre... ainda estou para perceber como é que a sala estava apenas cheia sem gente em fila e aos gritos por não poder assistir ao concerto, volto a frisar, gratuito!, do génio pportuguês... fora um grotesto pimba com uma grotesca pimbalhada e a coisa seria bem diferente, por certo. Enfim, prioridades de um povo que se define pelas escolhas que lá vai fazendo a nível estético, musical... rsssssss... político... mas a coisa vai, em dia de Sportingue/FCP... ter casa cheia foi obra que registo com especialíssimo agrado.
É um privilégio escutar o Maestro. Poder escutá-lo enquanto comunicador exímio, poder escutá-lo enquanto pianista brilhante das suas composições magistrais é coisa que tenho de agradecer à Associação Camerata das Artes. E muito.
E por isso aqui fica o meu agradecimento. Público. E também o deixo à Câmara Municipal de Amarante pelo apoio às iniciativas levadas a cabo por esta associação que está a dar belíssimas cartas musicais em Amarante.
O meu agradecimento também pela maravilhosa interpretação do jovem pianista amarantino Delfim Carvalho.
E agora recorro às palavras assertivas da Elsa Cerqueira para finalizar o meu post. Com a sua licença.
Maestro António Victorino D'Almeida: "A Música para Filmes", um Concerto Sublime
O Maestro executou músicas de filmes dos realizadores Eisenstein, Chaplin e Hitchcock.
Presentou a plateia com as (suas) músicas que constituem as bandas sonoras do Cerco (António da Cunha Telles, 1970), Lotação Esgotada (Manuel Guimarães, 1972), Marafona: ein Film über das Lieben (Erika Pluhar, 2001), Capitães de Abril (Maria de Medeiros, 2000).
O argumento, a realização e, claro, a música da longa-metragem A culpa* (1980) são da autoria de António Victorino D'Almeida. Momento especialíssimo para fruirmos esta banda sonora.
O Maestro foi evocando momentos da sua existência - numa espécie de biografia musical -, com um humor refinado ou rebuscado tendo partilhado com o público uma composição, uma marcha fúnebre, criada com apenas 12 anos...em honra de Stalin. Escutamo-la pelas mãos do jovem, mas promissor, pianista Delfim Carvalho.
Não posso deixar de mencionar António Cardo, Professor do Conservatório de Música de Coimbra e Vice-presidente da Camerata das Artes, que teve a (quase) impossível tarefa de condensar as metamorfoses criativas do Maestro António Victorino D'Almeida, ou seja, de o apresentar. E fê-lo com a sapiência e o entusiasmo próprios de quem sente a honra e o privilégio de estar com o Mestre e de quem nutre a mesma paixão pela Música.
Uma belíssima entrada em 2016!
Presentou a plateia com as (suas) músicas que constituem as bandas sonoras do Cerco (António da Cunha Telles, 1970), Lotação Esgotada (Manuel Guimarães, 1972), Marafona: ein Film über das Lieben (Erika Pluhar, 2001), Capitães de Abril (Maria de Medeiros, 2000).
O argumento, a realização e, claro, a música da longa-metragem A culpa* (1980) são da autoria de António Victorino D'Almeida. Momento especialíssimo para fruirmos esta banda sonora.
O Maestro foi evocando momentos da sua existência - numa espécie de biografia musical -, com um humor refinado ou rebuscado tendo partilhado com o público uma composição, uma marcha fúnebre, criada com apenas 12 anos...em honra de Stalin. Escutamo-la pelas mãos do jovem, mas promissor, pianista Delfim Carvalho.
Não posso deixar de mencionar António Cardo, Professor do Conservatório de Música de Coimbra e Vice-presidente da Camerata das Artes, que teve a (quase) impossível tarefa de condensar as metamorfoses criativas do Maestro António Victorino D'Almeida, ou seja, de o apresentar. E fê-lo com a sapiência e o entusiasmo próprios de quem sente a honra e o privilégio de estar com o Mestre e de quem nutre a mesma paixão pela Música.
Uma belíssima entrada em 2016!
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* Considerada a primeira longa-metragem portuguesa a vencer um festival de Cinema no estrangeiro (Huelva, 1980).
* Considerada a primeira longa-metragem portuguesa a vencer um festival de Cinema no estrangeiro (Huelva, 1980).
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