E Se Fosse Eu? Fazer a Mochila e Partir - EB 2/3 de Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães
Registo a maturidade, a empatia e a forma respeitosa manifestada pelos alunos(as) da minha direcção de turma pela forma como encararam o exercício/simulação que hoje foram desafiados a cumprir.
Nada como tentarmos fazer o esforço de nos colocarmos na pele do outro... e se Amarante estivesse a ser bombardeada?... E se tivessem morrido os nossos familiares?... E se fosse obrigatório partir rapidamente apenas com uma mochila às costas?... E se, de um momento para o outro, tivéssemos de abandonar toda a vida que conhecemos até ali rumo a um futuro incerto, num outro país, com outra cultura, outra língua, num desamparo quase total ou mesmo total de afectos? O que levaríamos connosco?
As fotografias que hoje partilho são de alguns dos parcos interiores de mochilas de miúdos e miúdas de 12 anos.
Garanto-vos que o exercício valeu. Garanto-vos que o exercício foi sentido.
"... levaria... o meu livro preferido porque eu adoro ler e gostava de levar pelo menos um livro."
"... realmente pus-me na pele dos refugiados. Confesso que chorei, ao perceber o quão difícil seria deixar tudo para trás, sem saber para onde se vai."
"Conclui também que a minha mochila de fuga é bem mais leve do que a da escola."
"Uma fotografia da minha família, para me lembrar deles a todos os momentos porque os adoro!"
"Na minha mochila coloquei o meu urso de peluche para me lembrar da minha infância."
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