Aqui fica a minha colaboração de ontem no ComRegras mas só hoje publicada neste meu Anabela Magalhães.
O dia de hoje, data do início efectivo das aulas para um grande número de alunos e de professores deste país, foi pródigo em notícias relacionadas com a temática que une os administradores deste blogue, os colaboradores e todos os leitores que por aqui andam, diariamente ou não, ou seja, a Educação, que é o nosso fio condutor.
O dia de hoje, data do início efectivo das aulas para um grande número de alunos e de professores deste país, foi pródigo em notícias relacionadas com a temática que une os administradores deste blogue, os colaboradores e todos os leitores que por aqui andam, diariamente ou não, ou seja, a Educação, que é o nosso fio condutor.
Hoje dou-vos conta várias notícias saídas na imprensa escrita que tratam, mais ou menos aprofundadamente, dados de um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) para o investimento em Educação feito pelos vários países que deste organismo fazem parte e que podem consultar se clicarem em Education at a Glance.
Destaco a notícia do Observador, que vos aconselho a ler, se assim o desejarem. O título escolhido para a notícia, extensa, escrita por Marlene Carriço foi Portugal foi o segundo país da OCDE que mais aumentou despesa com educação
Este artigo dá-nos conta que só a Turquia investiu mais do que Portugal no período entre 2008 e 2013 em educação obrigatória, exactamente o período em que o país foi intervencionado pela Troika, período em que este investimento aumentou, em Portugal, 33% - Portugal gastava 4,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008, valor este que se situava nos 6,1% do PIB em 2013.
O artigo não se fica por estes dados, e bem!, pois até pareceria que isto é uma espécie de El Dourado educativo e que o ensino público português esteve em grande durante este período, mas Marlene Carriço aponta mais dois dados, fundamentais para que a opinião pública compreenda o que foi feito e para perceber o que aconteceu neste período em que tantos recursos foram cortados no ensino público. E escreve: "Dividindo esse bolo entre despesa pública e privada, sobram 5,1% do PIB em investimento público em ensino, o que faz com que Portugal, em 2013, fosse o oitavo país da Europa a investir mais nas qualificações dos cidadãos. Só a Noruega (6,2%), Dinamarca (5,6%), Finlândia (5,6%), Bélgica (5,6%), Islândia (5,6%), Suécia (5,2%) e Reino Unido (5,2%) dispensaram uma maior fatia da sua riqueza ao ensino."
Helena Carriço destaca ainda que o custo médio de um aluno em Portugal é de 8.207 euros e que Portugal tem uma classe docente extremamente envelhecida - já escrevi inúmeras vezes sobre este envelhecimento que é, para quem frequenta uma qualquer sala de professores, bem notório e, por isso, poupo-vos à repetição. Volto a sugerir a consulta destes dados, que são muito interessantes para termos uma ideia do que se passou neste período nos vários países que integram este organismo internacional que também fornece sugestões, rumos educativos a trilhar, a aprofundar.
Há várias notícias cujo destaque vai para o facto do investimento em educação ter aumentado 33% mas os salários dos professores terem caído 30% e o caso não é para menos. De referir que todos nós, professores, nos apercebemos, e de que maneira!, deste agressivo corte nos nossos rendimentos, executado pelo anterior governo de coligação PSD-CDS. A SIC Notícias, o JN, o Negócios.pt, o Diário Digital, o CM ao Minuto e a revista Sábado destacam mesmo esta queda, brutal - a palavra é minha, que se abateu, sem dó nem piedade, no salário dos professores, facto que deixou professores a contarem, literalmente, os tostões antes mesmo do final de cada mês.
Para finalizar, deixo-vos outros destaques de hoje:
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