quinta-feira, 10 de abril de 2008

Um Tributo aos Farmacêuticos que me rodeiam


Frascos de Farmácia - S. Gonçalo - Amarante
Fotografias de Anabela Matias de Magalhães

Um Tributo aos Farmacêuticos que me Rodeiam

Confesso que estou em débito com os farmacêuticos que me rodeiam. Completamente em débito. Vai daí hoje dedicar-lhes-ei por inteiro este "post" sobre as mais marcantes aprendizagens que fiz ao longo da minha vida de convivência estreita com esta classe profissional que eu admiro profundamente.
Os farmacêuticos entraram na minha vida aos 14 anos aquando do meu namoro com o A., estudante de farmácia, à época, irmão da O. , igualmente estudante de Farmácia, filhos de uma farmacêutica que viria a tornar-se minha sogra, sobrinhos de farmacêutica por parte da família do meu sogro.
Para além destes, entraram desde logo uma porrada de estudantes de farmácia que se licenciariam sem problemas, uns anos mais tarde. E assim entraram o Z. T., a S., a A., o C. A., a Z. C., o R., o P. B., a C. e muitos outros, que eles eram muito unidos, facto decorrente, certamente, de serem poucos em número e de se conhecerem todos entre si.
Devo esclarecer que o A. ainda me tentou convencer a ir para Farmácia, e eu até era boa aluna a Química, mas escorpião como sou não alterei o rumo já escolhido. Queria ser professora de História, como a minha professora de História, Ermelinda Montenegro, de que falarei um dia neste blogue.
Já dediquei um "post" a cada um dos farmacêuticos que constituem o núcleo duro de farmacêuticos amigos cá de casa: Z. T. e S., A. e C. Af. que casaram entre si, sendo que só o A., deste grupo restrito, fugiu à regra, e foi casar-se com esta menina de letras.
Habituei-me a observá-los durante todos estes anos, que já são muitos, de convivência com esta classe tão peculiar, isolada que estou nos nossos encontros. E a observar-lhes as práticas.
Gente extraordinária na sua diversidade, portadora de uma enorme cultura geral, informada, culta, viajada, lúcida, muito trabalhadora e enérgica, poderosa na sua formação interior, sólida, generosa na partilha da informação e do saber, generosa na partilha das suas dúvidas, sempre na crista da onda da modernização.
E é sobre estes três últimos pontos que me interessa reflectir um pouco. Sempre observei fascinada a inteira partilha de informação que eles fazem entre si. Sempre observei fascinada a inteira partilha de dúvidas que eles fazem entre si. "Olha, e como é que fazes isto?" E lá trocam perspectivas, experiências e saberes. Esta generosidade e honestidade comportamental, esta constante procura de modernização sempre foram para mim um exemplo e, na minha profissão, tento seguir-lhes o rumo e o caminho, tento seguir o exemplo destes farmacêuticos tão importantes que se instalaram completamente na minha vida e com quem eu tenho aprendido muito ao longo de todos estes anos.
Resta-me só acrescentar que os farmacêuticos da minha vida não acabam aqui. O meu cunhado mais novo tem uma licenciatura a meio. A minha sobrinha mais velha já é mestrada em Farmácia. A minha filhota terminará este ano a sua licenciatura e seguirá as pisadas seguras do seu pai.
É caso para dizer que foi uma verdadeira epidemia esta, a dos farmacêuticos, que se instalou na minha vida. Neste caso uma excelente epidemia que veio para ficar e ficou mesmo.
Obrigada a todos pelo bom exemplo.

Nota - As fotografias que ilustram este "post" são de frascos de Farmácia que durante muitos e muitos anos estiveram associados às farmácias portuguesas. Obsoletos na sua primitiva função, foram por mim reciclados, servindo-me, agora, de frascos de especiarias.

5 comentários:

Raul Martins disse...

Hoje, em qualquer área é importante a partilha de informação, se saberes do fazer, de experiências... e na nossa, tal partilha não é menos importante...

E não arranjam por aí um remédiozinho, uma misturazinha... nesses frasquinhos... para a nossa... dá para perceber, não dá?

Anabela Magalhães disse...

É verdade, é necessário mais do que nunca partilhar conhecimentos e experiências, sucessos e insucessos.
Quanto ao resto dá perfeitamente para perceber, mas nos meus frasquinhos já só há especiarias.
No entanto vou ver se sei de uma solução química para a coisa.
Amanhã dou novas. Lol

S. MAMEDE DE RIBATUA disse...

TEM DESSES FRASCOS PARA VENDER? OBRIGADO

ALOJAMENTO VILA REAL disse...

Tem destes frascos para vender? Obrigado.

Anabela Magalhães disse...

Não, não tenho. Estão todos ocupados pelas minhas especiarias.
Mas é provável que haja por aí à venda!

 
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