quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Como se Compram Directores

Como se Compram Directores

A notícia que faltava. A cereja em cima do bolo para os comissários políticos que ocuparão os cargos de direcção nas escolas.
Este país, a cada dia que passa, deixa-me cada vez mais enojada!
A notícia que faltava... ou como se compram directores... para ano de crise até que não está nada mal, pois não? Já agora um esforçozinho e aumentam-nos 50%! E estou eu a pensar... e inspirarem-se no que se passa nos bancos portugueses e nos ordenados principescos das chefias?
Isso é que era!

Educação
Governo aumenta directores de escolas entre 40% e 46%

Entre 40 a 46% é quanto vão subir os suplementos remuneratórios dos directores das escolas. O aumento, aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros, é, segundo o secretário de Estado Valter Lemos uma forma de compensar os dirigentes dos estabelecimentos de ensino pelo «reforço de competências e responsabilização» previsto no novo modelo de gestão escolar.

Na prática, os suplementos remuneratórios vão oscilar entre os 600 euros – para os directores de escolas com menos de 800 alunos – e os 750 euros, para os dirigentes de estabelecimentos de ensino com mais de 1.200 estudantes.

Valter Lemos anunciou que o aumento se vai verificar já em Janeiro, em todas as escolas onde há directores em funções, mas não adiantou, contudo, qual o esforço financeiro global que vai representar esta medida.

Milhares de vagas
para contratados

O Ministério da Educação vai abrir «milhares de vagas» no próximo concurso de colocação de professores, que poderão ser ocupadas por professores que actualmente estão em regime de contrato.

Valter Lemos explicou, em conferência de imprensa, que «há 30 mil professores nos Quadros de Zona Pedagógica [que vão ser extintos] e o Ministério vai abrir mais de 30 mil vagas para os Quadros de Agrupamento e Quadros de Escola Não Agrupada. O que quer dizer que haverá lugar para professores contratados».

O secretário de Estado escusou-se, porém, a avançar números certos. «Estamos a fazer um levantamento como nunca foi feito nas escolas», disse, acrescentando que o Ministério da Educação conta ter um retrato das necessidades das escolas já em Janeiro.

Certo é que serão necessários mais «alguns milhares» de docentes para suprir «as necessidades criadas pela aposentação de professores», já que há três anos que não abria um concurso.

O concurso de colocação de professores de 2009 tem ainda duas outras novidades: as colocações serão feitas por quatro anos – em vez de três – e deixará de haver as chamadas cíclicas (concursos para substituição de docentes).

Em vez das cíclicas, o Ministério vai criar uma bolsa de emprego. Uma medida que permitirá, segundo Valter Lemos, «substituir um professor de um dia para o outro», quando, até aqui, eram necessárias cerca de duas semanas.

Para Lemos era fundamental esta «agilização da substituição dos professores», já que «nos primeiros dois meses do ano lectivo são substituídos cerca de 500 docentes por semana».

Veja aqui http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=120419

margarida.davim@sol.pt


5 comentários:

maria eduarda disse...

Isto é o Paraíso!
Porque será que começo a gostar cada vez menos de viver por cá? O país é belo, sem dúvida, mas entregaram-no a alguns espécimes que o degradam a olhos vistos!
É muito triste, não é?

CLAP!CLAP!CLAP! disse...

"com festas e bolos se enganam os tolos!"

Anabela Magalhães disse...

Isto está mesmo de causar asco. Tenho dito.

Maria Martins disse...

Gostaria de referi que isto do suplemento remuneratório dos PCE é jogo.
Estava no 9º escalão pelo que fui posicionada no 2º escãlão de titular. Sou PCE.
Uma colega estava como eu no 9º escalão e não foi provida na categoria de prof titular. Tem 2 horas extraordinárias: recebe tanto como eu-- 2 hs extraordinárias igual a suplemento remuneratório PCE.
Uma outra colega, igulamente 9º escalão, não provida a titular, mas que desconta IRS como se fosse só um titular, recebe mais 70 euros que a PCE e que a colega anterior...
Não me estou a queixar, nunca fui PCE pelo dinheiro e discordo de tal tema na actual agenda; até considero um insulto perante a gravidade dos temas em cima da mesa; mas que é estratégia para dividir é, mais do que sumo depois de expremido...

Anabela Magalhães disse...

É mesmo um insulto perante a gravidade dos assuntos em cima da mesa. Subscrevo cada palavra, Maria.
E é de facto uma estratégia para minar, para nos dividir.
A ver vamos como isto vai acabar.

 
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